terça-feira, 24 de abril de 2012

Empregado vs. Empregador - De que lado da mesa você deseja estar?


Empregado vs. Empregador 

                      De que lado da mesa você deseja estar?


    Essa resposta, à princípio, parece ser fácil. Todos nós desejamos sentar na cadeira do chefe correto??
     Errado! Ao menos para a maioria de nós brasileiros. Paremos para pensar um pouco. Nosso meio nos cerca - e conspira- para que sejamos empregados!
    
     Começamos pelo nosso primeiro contato com a educação que temos, nossos pais. Na sua grande maioria já tem incumbido em suas mentes a profissão que querem para os seus filhos antes mesmo de nascerem (a mesma profissão que a deles para manter a tradição- quando trata-se de médicos e advogados ou, nos casos de pais que não tem "instrução" de ensino superior, qualquer outra profissão desde que passem pela faculdade).

    Dado o ponta-pé inicial na jornada inconsciente pelo desejo de ser empregado, vem em seguida a principal época de "lavagem cerebral". Isso mesmo. A metodologia de ensino pedagógico atual que advém do período pós-industrial. Não gosto muito de história, mas vale a pena saber que antes do período industrial, a maioria da população instruía seus filhos a serem empresários. Quem não era agricultor era comerciante(padeiros, ferreiros, açougueiros...) e assim, ambos, pequenos empresários sendo o empreendimento passado de pai para filho.

    Eis que surgem os tempos modernos...

      E com ele a necessidade de mão de obra qualificada para produzir bens de consumo. Mas como mudar a mentalidade de ter seu próprio negócio para a mentalidade de trabalhar duro para um terceiro para adquirir coisas que não precisa? 
      Daí que surge a intervenção do governo com a tarefa de gerar uma educação em massa que é utilizada até hoje nas escolas brasileiras.

      E desde cedo a escola começa com a formação do indivíduo (entenda-se por formação, o sentido literal da palavra- "botar na forma"- para que saiam bonequinhos iguais prontos para girar a grande roda capitalista. 
      Daqui também que vem a filosofia do "errar é errado".
Tirou uma nota baixa? Burro!! não sabe qual a capital da Tchecoslováquia? Jeque!! não sabe balancear estequiometricamente a equação da fotossíntese? Incompetente!! Nasce então o medo de errar. A insegurança causada por esse medo leva o aluno a seguir o caminho mais seguro: estudar o que os outros consideram fundamental para poder trabalhar para alguém repetindo o mesmo que todos fazem para diminuir a possibilidade de erro e poder receber o salariozinho no final do mês.

                                             Isto de fato é segurança???!!
       Para quem se sente seguro dessa forma não deve se abalar ao ouvir as seguintes palavras: prioridade para profissionais jovens, redução do quadro, corte de custos, demissão, venda da empresa, alteração gerencial, mudança de gestão municipal...
        Certo, talvez você me diga: Você está generalizando, e o que dizer dos profissionais autônomos e concursados públicos?? Ok, eu tenho de concordar que estes ainda têm uma tênue vantagem. Eu disse ainda!! Há alguns anos me lembro de ver no jornal nacional que um advogado prestou concurso para vaga de gari (nada contra a profissão dos garis, digo apenas para enfatizar que o mercado de trabalho a cada dia está mais competitivo e excludente), e eu tenho acompanhado acontecer com muitos médicos o que aconteceu com os até então respeitados profissionais de enfermagem há 20 anos atrás. Sem contar também os custos para manter o status dessas profissões.
        Mas eu não quero ser aqui extremista do talibã.Não estou aqui para sentar o cacete nas profissões sejam elas quais forem e nem ser lunático para dizer para você largar hoje seu emprego e sair abrindo sua empresa (até mesmo porque além de meus empreendimentos continuo no meu emprego remunerado. Discurso hipócrita? Não, apenas passei pelo mesmo sistema educacional que todos aqui e abri meus olhos há menos dois anos, mas meus filhos certamente terão uma educação diferente).
          Bem, como nosso foco aqui é a independência financeira através do empreendedorismo, farei um paralelo para finalizar. Quem provavelmente conseguiria a I.F. mais fácil, um Empregado/Autônomo ou um Empregador?  Para apimentar a discussão comparemos a profissão da moda: médicos/advogados com um fabricante algum produto barato: canetas, isqueiros ou barbeadores "gilete". Nas profissões como empregados, é bem possível tirar uma boa bufunfa mensal (uma média superficial R$ 8.000,00 mas existem casos de até R$ 60.000,00 ou mais.) Mas vamos lembrar que estes profissionais tem um fator limitante: o tempo e o espaço. Eles são um só e tem apenas 24 horas por dia para ganhar seu dinheiro. Podem até dar plantões, atender cada cliente/paciente em 10 minutos, mas sempre estarão limitados a estar presencialmente no local e atender uma pessoa em um dia com 24 horas. E tem a contra eles o fator de quanto maior a produtividade quantitativa, pior a qualidade do atendimento.
       Agora o empreendedor que resolveu fabricar canetas. Ele também tem apenas 24 horas no seu dia, mas ele não precisa estar presente no momento da venda para cada cliente seu. E nem fica limitado a vender a quantidade de apenas 1 caneta!! Ele pode simplesmente vender para seus vizinhos, para o mercado ao lado, para o escritório do amigo, para a papelaria do município vizinho, para uma rede de supermercados, para vendedores ambulantes, num site seu na internet, para estados, países, planetas..... bem tirando a empolgação da parte dos planetas, o resto pode até ser bem verdade, dê uma olhadinha aqui!


     Concluindo, não vá amanhã para seu trabalho e chegue lá chamando seu chefe de porco miserável, dando um tapinha no bumbum da secretária, botando fogo nos arquivos da empresa e riscando o carro de seus colegas achando que vai largar seu emprego e começar uma empresa bem sucecida de um dia para o outro (ouviu bem pobretão?). Mas que esse texto sirva de estímulo para lhes abrir os olhos que existe vida além do emprego remunerado. 
     Eu ainda estou em cima da mesa (entre empregado e empregador) mas não tenho dúvidas onde eu quero estar. E você??

10 comentários:

  1. eu? sempre quis estar fora de todo o sistema, nem de um lado, nem do outro da mesa, trabalhar o minimo possivel, ter muito tempo livre p me dedicar aos meu hobbies, ao q eu acho realmente divertido e construtivo.

    Eu era completamente rebelde na escola, super questionadora, professores me odiavam, se fosse hj em dia me encaminhariam p um psicologo e me dariam remedios p ficar quieta e me encaixar no sistema robo deles.

    Em relação a profissão passar de pais p filhos, meu pai tentou influenciar o minimo possivel, não opinava nada na época de escolha de faculdade (que era obrigatoria, sem discussões, apesar dele mesmo nunca ter se formado) mas dos 4 filhos, 2 seguiram a mesma carreira dele, eu preferi apenas utilizar o conhecimento da profissão a meu favor, e por enqto estou em situação financeira melhor q meus irmãos.

    bjs

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    1. Olá Etta. É um prazer te-lá por aqui. Acompanhava seu blog desde o período da ostra. Faz falta viu?
      Você tocou num ponto fundamental. O meu objetivo principal é a I.F., ou seja trabalhar apenas por prazer pois terei um rendimento passivo trabalhando ou não. O resto do tempo dedicar apenas para lazer, hobbie e viagens. Mas para chegar lá, tenho de escolher impreterivelmente um dos lados da mesa. E para mim o mais rápido e que me dá mais liberdade é o empreendoderismo.
      Continue aparecendo por aqui todo muito dos seus pontos de vista.
      Abraço

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    2. Todo=gosto é a porcaria do corretor de texto do celular

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  2. Fala Mão Inglesa!

    Citei vc lá no meu blog, passa la.

    Cara, eu vou com a Ostra, eu não quero estar de lado algum, rsrs! Mas para chegar lá atualmente prefiro o lado de patrão, se bem que eu gostaria de experimentar o lado de empregado. Faz tempo que sou dono, queria provar as vantagens de ser clt, rsrs! O que vale é a grana, não gosto do que faço hoje, mas sei que é algo provisório, então tapo o nariz e enfrento...

    Particularmente, acho que ser sócio investidor pode ser uma boa, mas não a única alternativa. Serve como diversificação. O risco é alto.

    Vc disse uma verdade, antigamente a orientação ou a vontade era ser patrão. Um moleque começava a trabalhar num açougue e vislumbrava ter seu próprio açougue. Hoje o mesmo moleque vai trabalhar no açougue vislumbrando um emprego de telemarketing para trabalhar com roupinhas bonitas, no ar-condicionado. Porém se ele continuasse no emprego sujo e fedido do açougue além de aprender uma profissão de verdade (nada contra telemarketing, aliás, tenho alguma coisa contra sim, mas deixa pra lá...) estaria infiltrado no ramo e teria chances de crescimento como empreendedor.

    Há 15 anos atrás não havia emprego. Hoje sobra, mas ninguém quer trabalhar, que dirá ter um negócio próprio. Não podemos errar, assim como todo mulher deve estar 24h por dia impecavelmente vestida e maquiada. Vivemos numa sociedade que não aceita erros e exige perfeição de fachada.

    Abraço!

    Corey

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    1. Bem vindo Corey, seus comentários aqui são essenciais.
      De fato quem busca a Independencia Financeira a última coisa que quer é trabalhar (mesmo como empregador). Mas como está no último post do médico investidor, se vc não for jogador de futebol, filho de rico, ou acrescentando aqui tiver um talento sobrenatural (Cantar, tocar...) só lhe resta estes dois caminhos.
      Eu vejo o do empreendedorismo como um muito mais rápido para chegar a I.F.

      Ah, e valeu pela citação!!
      Abraço!

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  3. Oi estou conhecendo o seu blog Hoje, vou te adicionar para conhecer a sua história,
    Bem o meu pensamento é o seguinte: Para chegar ao nível de ser Independênte vai levar uns 10 a 15 anos, eu não penso em esperar este tempo todo, por isso pretendo abrir um negócio e trabalhar por conta própria, pelo menos não vou ter patrão e todo o mérito sera somente meu, Apesar de ganhar muito bem e o meu serviço ser leve, eu não estou satisfeito, agora que eu quitei o apartamento vou poder pensar nisso em tempo integral.
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    Um abraço.

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    1. Olá Lord Caçador, seja bem vindo e pode acompanhar e ajudar a somar conhecimento.
      Agora o conselho que lhe dou (que é o que eu sigo) é, não largue seu emprego ainda. Primeiro lugar por ele acelerar sua I.F., e segundo -e mais importante- eu acredito na estatística que diz que as empresas tem um índice de mortalidade alto nos primeiros 5 anos, daí a importância de até que sua empresa ande com as próprias pernas você manter o seu emprego.
      Mas essa estatística não me amedronta nem um pouco. Se uma em cada 5 empresas fecham em 5 anos, significa que eu preciso tentar 5 vezes até conseguir chegar lá. E, aparentemente como eu, você tem a sorte de ter um emprego com um "serviço leve", o que lhe deixa em condições de gerir o emprego e sua empresa até que ela estabilize. Procure uma empresa com uma logística simples de ser administrada e veja o que lhe apetece iniciar do zero (meu caso) ou já comprá-la (o caso do corey). Bem, apesar de ser mais trabalhoso, creio que para quem nunca teve um empreendimento seria mais adequado iniciar do zero para ir pegando gradualmente o passo-a-passo do processo de criação e administração de uma empresa. Pode dar errado?? Claro que sim! Mas corrigindo os erros durante a caminhada e estudando, não vejo mistério para conseguir se dar bem.


      Adicionei seu blog também,
      abraço!

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  4. olá maoinglesa.

    Gosto muito do assunto e estou adicionando seu blog aos meus favoritos.
    Achei muito interessante suas colocações. Nunca tinha pensado nessa parada que você colocou que limita o trabalhador em relação ao tempo.
    Só para lembrar também que a maioria das pprofissões que o cara ganha melhor, boa parte do dinheio o cara gasta para manter o luxo, carros e roupas.
    por exemplo, já pensou um juiz ou um médico chegando no forum com um ford ká? rssrs.

    abraço

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  5. Fala Mão Inglesa! Tá sumido... Tá td bem por essas bandas???

    Abração e vê se aparece pra uma breja!

    Corey

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  6. Realmente, esse negócio de ter "chefe" é um saco (se bem que quem tem chefe é índio né?). Muito legal o blog... abraço!

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